Acesso Vascular

Acesso Vascular - a sua linha da vida

Antes de começar a hemodiálise precisa de um acesso vascular. O acesso vascular é o local por onde o sangue é retirado e devolvido ao seu organismo durante a diálise.

De modo a conseguir obter uma quantidade suficiente de sangue limpo durante a hemodiálise, o acesso vascular deve permitir a circulação de grandes volumes de sangue.

O acesso permanente mais comum nos doentes hemodialisados é a fístula arteriovenosa (FAV).

Uma fístula é formada por baixo da pele através da junção de uma veia com uma artéria. Este procedimento aumenta a quantidade de sangue que circula através da veia e torna a veia mais forte, o que facilita as introduções repetidas da agulha para os tratamentos de diálise.

O processo de alargamento e fortalecimento da fístula para a introdução da agulha chama-se maturação da fístula. Este processo demora, em geral, quatro a seis semanas.

Um método alternativo à fístula é a prótese arteriovenosa. Uma prótese é formada ligando uma artéria e uma veia com um material sintético. Após a cirurgia, podem ser necessárias três a quatro semanas até que a prótese possa ser utilizada para diálise.

Ambos os acessos são feitos por um cirurgião numa sala de operações. Ter um bom acesso vascular é a base para um tratamento de hemodiálise de alta qualidade e, posteriormente, um dos principais contribuintes para o seu bem-estar - é por isso que é muitas vezes chamado de "a veia da vida!”.

Cuidados a ter com o acesso vascular

Um acesso vascular fácil de utilizar, durável, livre de complicações e resistente à infeção, tem sido um grande desafio dos profissionais na área da nefrologia e cirurgia vascular. As complicações relacionadas com o acesso são responsáveis por 25% dos internamentos, devendo sempre ter atenção com a higiene com o seu membro do acesso vascular.

O acompanhamento dos acessos vasculares inicia-se na sala de hemodiálise, com a intervenção dos enfermeiros na avaliação e canulação do acesso vascular. A equipa de enfermagem deve estar atenta para a identificação de sinais e sintomas que sugerem problemas com o acesso vascular.

Uma identificação precoce, o registo e a transmissão de informação ao médico residente, promove uma atuação atempada por parte do nefrologista responsável pelo doente.

Tão importante como o tratamento de hemodiálise é a higiene do acesso vascular. Os cuidados de higiene com o seu membro do acesso arteriovenoso, são fundamentais para prevenir a ocorrência de infeção.

  1. Lave o braço do acesso com sabão antes de entrar para a sala de diálise.
  2. Retirar os pensos cerca de 8h após terminar o tratamento.
  3. Palpar o acesso vascular pelo menos duas vezes por dia para sentir o frémito (tremor/vibração que sente quando coloca os dedos sobre o acesso e que indica a passagem do sangue no interior do mesmo.
  4. Verificar se existe dor local e observar se existe edema (inchaço no membro do acesso vascular), infeção (presença de líquido amarelado) ou alterações na consistência (endurecimento), temperatura (aumento de calor) ou cor da pele.

Centro de acessos vasculares - Soluções para o acesso vascular

O acesso vascular é de importância vital para um tratamento dialítico adequado e eficaz. Os problemas decorrentes das complicações do acesso vascular são, sem dúvida, a maior causa de morbilidade destes doentes e uma das principais razões que levam ao seu internamento. A Fresenius Medical Care, através da sua plataforma de serviços NephroCare®, promove a sua aposta na prevenção, manutenção e preservação dos acessos vasculares, dispondo de Centros de Acessos Vasculares (CAV) em Lisboa, Coimbra e Vila Nova de Gaia, compostos por uma Unidade de Cirurgia de Ambulatório e uma Unidade de Intervenção Endovascular com apoio angiográfico. Através destes Centros respondemos a solicitações urgentes ou planeadas, no que respeita à construção ou revisão do acesso vascular.

A atividade desenvolvida nos Centros de Acessos Vasculares existentes contribui, de forma decisiva, para a manutenção e promoção da qualidade de vida do doente em diálise, contando com uma equipa composta por Cirurgiões, Nefrologistas, Enfermeiros, Administrativas e Auxiliares.

Os nossos Centros de Acessos Vasculares dispõem de sistemas de informação, para a elaboração de documentação de avaliação e registo cirúrgico e angiográfico, gestão e produção de dados estatísticos.

Pode prolongar a vida da sua FAV tendo os cuidados adequados. Tem de seguir as orientações de higiene e acompanhamento regular do seu acesso vascular (por exemplo, ouvindo o som da corrente sanguínea) e usando programas de vigilância para posterior avaliação do acesso vascular).

CVC

O cateter venoso central (CVC) é outra forma de acesso utilizado na diálise. O cateter é um tubo macio colocado numa veia maior, geralmente no pescoço. O cateter tem dois ramos para conexão. Por um dos ramos de conexão, o sangue é retirado do corpo para realizar a diálise e, pelo outro ramolado da conexão, o sangue limpo volta ao organismo.

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