Unidade de Hemodiálise de Santiago do Cacém

Alentejo, a vida a acontecer devagar

Depois do Tejo, antes do Algarve irá encontrar o vasto Alentejo. Olhando o mapa do território português, é fácil identificar os limites da região, com Espanha a este e a oeste banhada pelo Oceano Atlântico, sendo difícil abarcar todas as suas dimensões, tão vasto e distinto é o Alentejo. Terras de casas brancas e centros históricos, lezírias verdejantes e planícies a perder de vista, ruínas e monumentos megalíticos, herança romana e árabe, rios, serras e praias. Alentejo é tudo isto e tanto mais.

O que fazer no Alentejo?

Para explorar toda a região, importa definir prioridades pois, para cada explorador, haverá uma rota. Évora, cidade-museu onde está instalado um dos quatro centros de diálise NephroCare existentes (os outros três podem ser encontrados em Grândola, Santiago do Cacém e Portalegre), é um excelente ponto de partida para medir o pulso a uma região onde se respira história. Com um centro histórico classificado Património da Humanidade pela Unesco, Évora guarda atrações como o Templo Romano ou a Capela dos Ossos, mas também monumentos megalíticos como o Cromeleque dos Almendres, considerado um dos mais importantes da Europa. Espalhados um pouco por todo o Alentejo, os monumentos megalíticos proliferam na Serra d’Ossa ou na zona de Monsaraz, onde é possível visitar, entre outros, o Cromoleque de Xerez.

Também Elvas e as muralhas que fazem dela a maior fortaleza abaluartada do mundo, Património da Humanidade da Unesco, merecem visita demorada. Quem, por seu turno, procura uma imersão na herança árabe do Alentejo, nada melhor que rumar a Mértola – cidade à beira do Guadiana onde a expressão dessa cultura atinge o seu auge, representada na cuidada mesquita.

Igualmente imperdível é um passeio pelo Alqueva, cuja barragem não só transformou a paisagem como trouxe um fulgor turístico a um destino que se soube manter calmo e silencioso. O maravilhoso céu de veludo escuro do Alqueva é o primeiro destino de observação de estrelasdo Mundo. Aqui podemos observar a olho nu um elevado número de objetos celestes.

Os amantes da natureza têm ainda à sua espera a Reserva Natural das Lagoas de Santo André e da Sancha, o Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina (que se estende até à costa sul do Algarve).

Sopas e descanso

Terra de igrejas, castelos e palácios, o Alentejo tem também a sua paisagem marcada pelo singelo casario, numa afirmação de simplicidade e autenticidade que ainda hoje é receita para descrever a região. O mesmo se poderá dizer da sua cozinha. Conhecida por, do pouco, fazer muito, elevou alimentos menos nobres a ícones da gastronomia nacional, como as migas e as açordas. O pão, o porco, o azeite e o vinho são incontornáveis, mas também as ervas aromáticas que harmonizam os pratos e perfumam os lugares. A cada paragem, são várias as alternativas de alojamento, mas será nos turismos rurais que mais depressa se encontra a essência dos lugares.

Enquanto a norte se vislumbra o verde das lezírias, mais a sul são as planícies que se estendem a perder de vista, numa linha de horizonte pontuada por sobreiros e oliveiras. É assim até à costa, onde o Alentejo se reinventa em praias concorridas como Zambujeira do Mar ou Vila Nova de Milfontes. A meio caminho descobrem-se outras, nem sempre assinaladas no mapa, mas cuja descoberta ficará gravada na memória.

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